Copyrights @ Journal 2014 - Designed By Templateism - SEO Plugin by MyBloggerLab

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Share
Dedicado a Bia


Às vezes fico com saudade de momentos que eu ainda não vivi

Siga seu sonho, seu amor, lute por ele, pois ele não cairá do céu para você. [ a não ser que caia uma maleta com milhões dentro] mais isso é outra historia... voltando ao post :
Palavras nem sempre precisam ser ditas. Podem ser escritas. Às vezes, escrever têm mais efeito que palavras faladas numa conversa importante. Escrevendo, demonstra-se certeza — segurança. Não há o desvio de olhares. Nem de assunto. Há somente o desabafo emocional do escritor, e a compreensão quase completa do leitor. É uma estrada de mão única. E não tem curvas. Tenho inúmeros rascunhos espalhados pela mesa, que imploram para serem transformados em um texto completo. Mas, como já aprendi com o saudoso caminhar, fazer as coisas pela metade é minha maneira de terminá-las. Mesmo não sendo mais fácil, pode ser que seja melhor.Outros textos virão, outros rascunhos também. Pode ser que nunca escreva um texto por completo. Pode ser que eu pare de escrever em breve. Ou talvez, eu aprenda de uma vez a falar.
Esses passos tímidos ecoam alto demais e, para quem não quer ser visto, isso não é nada apropriado. Esses corredores de azulejos brancos incomodam. Essas paredes frias que, mesmo que eu me mantenha longe delas, me privam do calor e do aconchego que tanto procuro, nessa noite. São esquinas que, sem alto-falantes, emitem sons de toda sorte, e muitos deles, infelizmente, são de uma voz familiar. São suspiros aos quais estou assutadoramente acostumado. Tenho uma permanente impressão de que esses sussuros já muito me esquentaram os ouvidos, em outros noites parecidas com a de hoje. Aí eu luto para não perder a concentração nesses sons, não me soltar da corda que me aponta a direção da saída mais próxima. Desconcentrado, tudo que cuidadosamente orbita meu coração sem bater nas minhas costelas perde o controle e aí tudo que sinto é uma dor interna intermitente que segue cada batida do bumbo de uma música triste qualquer. Desconcentrado, agarro-me ao trinco da primeira porta que eu encontro. E sempre acabo no mesmo quarto, na frente do mesmo computador, ouvindo as mesmas músicas, ínsone. Parece que eu tô reclamando, mas eu vejo beleza nisso tudo.